Quando comecei a pesquisar sobre esse tema, tive a certeza de que em meus três partos sofri violência obstétrica.
Fizeram episiotomia (corte no períneo).
Fizeram tricotomia (raspagem dos pelos).
Fizeram enteroclisma ( lavagem intestinal).
Romperam minha bolsa.
Aplicaram ocitocina para acelerar as contrações.
Não tive meus filhos ao meu lado, logo após o nascimento.
Todos esses procedimentos são considerados violência obstétrica. E eu não sabia. Pelo menos até pouco tempo…
Muitas vezes, nós mulheres, nem sabemos que aquele procedimento médico que está sendo utilizado é violento. Achamos que é normal.
Sentimos que nos entristece, nos constrange, chateia, nos causa dor física e psicológica, mas como não temos informação, concordamos em sofrer sem questionar.
Calamos.
Após tanto tempo desde minha última experiência com gravidez e parto, percebo o quanto ainda muitas mulheres sofrem deste mal.
Ainda não está tudo bem. Ainda há mais violência obstétrica acontecendo do que gostaríamos.
Apesar disso, hoje, ao menos, temos informação.
E contra aquilo que conhecemos, é possível lutar, questionar.
Em tempo: claro que, há casos em que essas condutas são necessárias, porém, sabe-se que elas tornaram-se práticas comuns e, muitas vezes, feitas sem uma justificativa aceitável. Continuar Lendo